Apesar de já trabalhar com instrumentos electricos há anos, ainda fico admirado com o quanto uma modificação na electrónica pode mudar o som do instrumento e inspirar o guitarrista/baixista a descobrir novos sons.
As opções sao imensas, desde ligações em paralelo, fora de fase, coil taping, coil spliting, coil spliting parcial (fixo e variável), equalizações passivas, até coisas tão simples como mudar o valor do condensador do potenciómetro de tone, ou do potenciómetro em si. Tenciono fazer um post em breve a explicar o melhor possivel todas estas mods.
Todas estas opções abrem possibilidades para novos sons, e podem tanto dar optimo resultado, como ser confusas e frustrantes para o instrumentista.

Recentemente tivemos na oficina um cliente com uma Strat (configuração de pickups HSS), e ele sabia que tipo de som queria - algo diferente e simples. O que fizemos foi mudar o pickup do braço para perto do pickup do meio, ligá-los juntos e dar-lhes pots de volume individuais.
Quando estava eu a experimentar a guitarra achei-a versátil mas demasiado confusa para mim, já que rodar um dos pots apenas um bocadinho resultava num som completamente diferente, e tornava-se frustrante tentar tirar o som que eu queria.
Para o dono da guitarra, no entanto, fazia todo o sentido. E surpreendeu-me o quão facilmente ele consegue tirar da guitarra desde sons limpos e brilhantes a sons pesados e densos, e até sons mais jazzy e definidos.

Por outro lado, a minha Lag Roxanne tem 3 pots push-pull com várias mods instaladas e para mim sempre foi bastante intuitivo usá-las (ao contrário dos dois pots de volume).
Mods nao devem ser complicadas e tornar-se numa coisa em que temos que estar constantemente a pensar como conseguir o som que queremos, ou que acabamos por nem usar.
Uma boa mod deve fazer sentido, dar-nos sons que queremos usar, e fazer-nos sentir "em casa" com o instrumento. Porque, no fim de contas, sentirmo-nos á vontade com a nossa guitarra traz muito mais versatilidade do que 20 switches e pots.
Jay

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